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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Resenha: A Seleção

"Eles vão matar você por fazer isso."
"E eu vou morrer se não fizer."

*longo suspiro de satisfação*
Meu Deus.
Estou até com medo de fazer essa resenha porque não sei se conheço palavras suficientemente descritivas para expressar o que eu sinto sempre que pego nesse livro.
Tanta coisa aqui na minha cabeça que nem sei por onde começar.
Começo dando graças por viver numa época onde é possível reler e ajeitar o que foi escrito.
Você pode ver os tópicos e ir para a parte que mais lhe interessar, porque essa vai ser grande.
Então vamos a isso!


Sinopse:
Para trinta e cinco garotas, a “Seleção” é a chance de uma vida. Num futuro em que os Estados Unidos deram lugar ao Estado Americano da China e mais recentemente a Illéa, um país jovem com uma sociedade dividida em castas, a competição que reúne moças de dezesseis e vinte anos de todas as partes para decidir quem se casará com o príncipe é a oportunidade de escapar de uma realidade imposta a elas ainda no berço. É a chance de ser alçada de um mundo de possibilidades reduzidas para um mundo de vestidos deslumbrantes e joias valiosas. De morar em um palácio, conquistar o coração do belo príncipe Maxon e um dia ser a rainha.
Para America Singer, no entanto, uma artista da casta Cinco, estar entre as Selecionadas é um pesadelo. Significa deixar para trás Aspen, o rapaz que realmente ama e que está uma casta abaixo dela. Significa abandonar sua família e seu lar para entrar em uma disputa ferrenha por uma coroa que ela não quer. E viver em um palácio sob a ameaça constante de ataques rebeldes.
Então America conhece pessoalmente o príncipe. Bondoso, educado, engraçado e muito, muito charmoso, Maxon não é nada do que se poderia esperar. Eles formam uma aliança, e, aos poucos, America começa a refletir sobre tudo o que tinha planejado para si mesma — e percebe que a vida com que sempre sonhou talvez não seja nada comparada ao futuro que ela nunca tinha ousado imaginar.

Booktrailer:


Gênero
No próprio livro, ele se classifica como Literatura Infanto-Juvenil, acredita? Mas há elementos de romance, distopia e talvez de chic-lit ou Jovem Adulto, já que não conheço esses 2 gêneros direito. Li num site ele classificado como fantasia, mas, na minha opinião, não acho que chegue a tanto.

Como conheci o livro
O livro foi lançado em 2012, mas só o conheci esse mês. ^.^' Acho que já o havia visto antes, mas nunca me interessei. Quando li uma resenha em um blog que não consigo lembrar, confirmei A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista. Foi fatal. Eu tinha que ter esse livro. Até baixei O Príncipe, mas decidi que leria A Seleção primeiro. Mas agora eu vou ler O Príncipe (mas não nesse momento).

Como consegui o livro
Dia 19 de Outubro. No horário do almoço das aulas de Contabilidade, eu estava à caminho das Americanas procurar O Teorema Katherine ou Cidades de Papel, quando passei em frente a uma loja onde compro livros ocasionalmente. Lá estava. A Seleção. Aquele olhar envolvente da America na capa não me deixou escolha – ainda mais custando a metade do preço dele nas Americanas. Aí não teve jeito. Ah, sim: ainda tive de disputá-lo com minha prima, mas venci porque eu tinha dinheiro para pagar e isso contou muito a meu favor diante do vendedor.

Capa
Não só é linda como a lombada do livro faz ser a primeira coisa que lhe chama a atenção na estante. É irresistível. As letras na capa são em alto relevo e brilhosas. Sem se falar que gosto muito do símbolo da Editora Seguinte. Só não gostei porque ela fica um pouco curva após você ler o livro. ú.ù *abraça o livro*

História
(Antes de mais nada, A Seleção é o primeiro livro de uma série de 5, ok?)
Basicamente, o livro conta o dia a dia de America no palácio. Ela é uma das garotas selecionadas para ser princesa, mas ela nunca quis participar disso, pois já tinha um namorado e uma perspectiva de vida razoavelmente agradável.
Plano de fundo: É como uma distopia. A história se passa após uma Guerra Mundial (que, se não me engano, foi a quarta). Estados Unidos perderam para a China na 3ª e se tornaram o Estado Americano da China, e posteriormente, Illéia, “um país jovem”, como é frequentemente citado ao longo do livro. (Achei interessante as revelações feitas ao longo do livro sobre o que aconteceu com os outros países.) A monarquia dividiu a sociedade em 8 castas, a saber:
1 - a nobreza;
2 - celebridades, modelos, atletas profissionais, políticos, atores e oficiais;
3 - (a elite) educadores, filósofos, inventores, escritores, cientistas, médicos, veterinários, dentistas, arquitetos, bibliotecários, engenheiros, psicólogos, cineastas, produtores musicais, advogados...;
4 - fazendeiros, joalheiros, corretores, chefes de cozinha, mestre de obras, donos de restaurantes, de lojas e de hotéis;
5 - artistas, músicos e dançarinos;
6 - secretários, serventes, governantas, costureiras, balconistas, cozinheiros, motoristas.
7 - jardineiros, pedreiros, lavadores, pessoas que limpam calhas e piscinas, e quase todos os trabalhos braçais.
8 - deficientes, desamparados, viciados, fugitivos, sem-teto...

Quanto mais baixa a casta, menor o acesso a saúde, educação, comida e tal, principalmente quanto ao controle de natalidade. Você pode mudar de casta (você?) ao casar-se com alguém de outra casta, por um milagre conseguir comprar o direito, entrar no exército, ou participar da Seleção.
A monarquia sofre ataques constantes de grupos que querem algo que o príncipe não sabe.
Sempre que o Príncipe alcança 19 anos, é feito um seleção dentre 35 garotas para escolher quem se casará com ele. Isso aconteceu com o atual rei, mas não é tão superficial e trivial assim. É algo realmente importante, pois o livro mostra que a rainha não deve ser só um rostinho bonito na televisão. Tem algo mais que você vai descobrindo aos poucos no livro.

O livro começa mostrando a vida de America e sua família. Sua mãe quer muito que ela vá para a Seleção,e há mil motivos para isso, mas America simplesmente não quer. Há momentos calientes com o namorado secreto dela, Aspen, logo nos primeiros capítulos, mas boa parte das quase 400 páginas é dedicado a ela indo pro palácio e do que aconteceu lá. Cada vez que alguém era eliminada, era uma dor em mim.

Personagens
Tantos, tantos. Tantas personalidades que tive gastar uma folha inteira de caderno para não confundi-los e conseguir analisá-los melhor. Sem spoilers, os principais são:
America Singer: a protagonista. É uma música ruiva da casta 5 (Singer significa Cantor(a), em inglês), que canta e toca vários instrumentos, tem 17 anos, e é a filha do meio de 5 irmãos. É sonhadora e cheia de dúvidas, bastante sentimental e introspectiva, nunca teve amigos mesmo. Muito amigável e prestativa, faz tudo por seu namorado e por seus irmãos. Admira seu pai e nem sempre concorda com a mãe. Muito introspectiva, o livro aborda bastante os pensamentos e sentimentos confusos dela. ("Sim, estava tudo dando errado, mas algo de bom sairia disso.")
Aspen: há dois anos namora secretamente America, e, segundo ela, ele "é o cara mais atraente da cidade. Nem tão alto nem tão magro. Tem cabelo preto, olhos verdes e um sorriso misterioso." Senti a dor dele ao ter de encarar a dura realidade de que America não é para ele, já que ele está uma casta abaixo da dela e tem um família ainda maior para cuidar, já que não tem pai. Isso o deixa bem irritado às vezes, amar America mas não poder cuidar dela. Durante a Seleção, ele foi recrutado como guarda de Illeia, ou seja, de um jeito ou de outro, ele e America se separariam. Ou não. ("Você sabe que não vou desistir, não sabe?... Isso quer dizer que terei que lutar mais duro do que imaginava.")
Maxon: o príncipe misterioso que nunca teve acesso a meninas, digamos assim, e é bem ingênuo quanto ao comportamento maluco delas (que culpa ele tem, né?), embora seja um verdadeiro cavalheiro, super educado, altamente prestativo e generoso, mas muito nervoso com a Seleção, já que o futuro dele e o da nação estão em jogo. Como pouco se sabe sobre o comportamento dele, a não ser o que passa na tv às sexta feiras à noite, muitos o acham arrogante, superficial, certinho demais e tal, mas aos poucos a gente vai conhecendo ele de verdade. Algumas das conversas dele com America me fazem lembrar dos romances nacionais clássicos que já li, mas não sei porque. ("E, se ela não chorar, a senhorita me deve um passeio pela propriedade amanhã à tarde.")
Família de America: seu pai (que é bem discreto e dedicado, mas sempre demonstra o quanto ama America através de suas poucas palavras e ações genuínas), sua mãe (...), sua irmã mais nova, May (um doce de menina, super amiga de America), e seu irmão de 7 anos, acho, Gerad. Há também Kenna, a mais velha, casada com um 4; e Kota, o 2º mais velho que saiu de casa e temos revelações sobre ele ao longo do livro.
Família de Maxon: o rei e a rainha, que venceu a Seleção anterior e é uma mulher bem discreta e agradável, sempre auxiliando as selecionadas.
Selecionadas: Marlee, casta 4, a favorita não só de muitos, mas também de mim. Amigável, extrovertida, simpática, com um segredo que não contarei, claro. Um amor de menina que eu teria muitas dificuldades de eliminar. Celeste, casta 2, arrogante, persuasiva, manipuladora, dissimulada, fingida, super influente, horrível de se estar perto. Tá bom, cansei. Você não espera que eu fale das 35 aqui, né? Obrigado. Mas a muitas são bem desenvolvidas no livro e você vê tanto a parte competitiva de serem todas iguais, como as características pessoais de cada uma e sente algo quando alguém é eliminada.
Eu disse que ela é a minha favorita (não pra ficar com o príncipe...).
Sempre que penso nela, lembro da cor amarela.
Outros: o livro também desenvolve bem o comportamento das criadas de America, do apresentador de tv e de outros habitantes da floresta do palácio. LEIA o livro.

Narrativa
O livro é narrado em primeira pessoa, no caso, por America, mostrando a visão dela das coisas e o que pensa e sente a respeito de tudo isso, como seus temores e dúvidas por suas decisões, seu medo, sua raiva, sua bondade, sua determinação etc. Há vantagens em não ser onisciente.

Autora
Se eu encontrasse ela na rua, sairia correndo, daria um abraço nela e lhe diria: "Obrigado." A gratidão e carinho dela por seu público é evidente, e a gente se sente atraído a ela também. Parabéns, Kiera!
Ah, e pra quem não sabe, dia 28/10 ela esteve no Rio de Janeiro numa sessão de autógrafos!

Resumo: não tinha como resistir a um livro onde as iniciais do casal são A, e onde a protagonista tem uma casa numa árvore. As personagens são muito bem construídas, a história é envolvente, a narrativa é bem desenvolvida, bem detalhada,  mas não entediante. Amei demais ler esse livro. 5 estrelas, favorito! *beija o livro e abraça ele* Você não vai se arrepender de lê-lo.


AMERICA: - Só que nós dois nunca fomos apenas amigos. Desde o primeiro momento  em que o vi, eu o amei.

Espero não ter esquecido nada... *pensa*
Não esqueçam de participar da Enquete!
Nem sei como vou aguentar até eu conseguir A Elite.
*ideia*
Já sei.
Tchau, pessoal!
Até a próxima postagem.
Agora eu vou ler O Príncipe (e é nesse momento). ;/

6 comentários:

  1. Essa foi uma senhora resenha.Boa de mais da conta,parabens!

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  2. Parabéns pela resenha da Kiera! Eu adorei :)

    Vamos nos comunicar ehn! Seguindo!

    Vai lá participar da promo para tentar ganhar o livro AUTOGRAFADO!
    http://maravilhosasdescobertas.blogspot.com.br/2013/10/promocao-selection-autografado.html

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    1. Claro que to participando, quero muito ele autografado! *-*

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  3. Gostei! Muito boa a resenha. Amo muito esse livro!

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  4. Oi Abel, tudo bem?

    Realmente esse livro é surpreendente! Não tem como não se envolver com a história, todo esse ar de distopia e de romance juvenil é uma delícia.

    A elite é bom também, agora não vejo a hora de ler The One!

    Beijos

    Pah, Livros & Fuxicos

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    1. Realmente, a Elite é de tirar o fôlego. Imagine The One! Só espero não me desapontar, então to diminuindo expectativas, mas tantas coisas podem acontecer...

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Angel Lyla