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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Entrevista com Autores #1 - Renato C. Nonato

"Sou metal, raio relâmpago e trovão...
Sou metal, eu sou o ouro em seu brasão.
Sou metal,quem sabe o sopro do dragão."
- Legião Urbana

Olá, amigo treehouser!
Não falei que esse ano teria novidades aqui no blog?
Hoje será a primeira postagem de uma nova seção no Casa na Árvore: Entrevista com Autores!
Nela entrevistarei autores  nacionais e nós ficaremos conhecendo um pouco mais deles e de suas obras. 
Ainda não sei com que frequência será feita, talvez toda sexta, mas a de hoje será com Renato C. Nonato, autor do livro de ficção Terras Metálicaspublicado em 2012 pela editora Novo Século. Aeeh!
Sinopse do livro:
A Última Guerra lavou a atmosfera com uma massa nuclear, tornando-a incapaz de sustentar a vida. Para continuar sobrevivendo, a humanidade precisou se adaptar, isolando-se numa atmosfera artificial: a Esfera, local onde tem se mantido com o passar das gerações. A utopia da sociedade reinou desde então, com a paz sendo mantida com mão de ferro pela Elite. Mas essa paz pode acabar… Raquel é uma recém-formada em primeiro nível na Academia, que passa seu tempo livre entre Saturno – o parque temático da Esfera – e divagações sobre seu sonho de voar. Ao iniciar uma nova etapa de vida, ela vai encarar a cerimônia de implante que pode tornar esse sonho realidade, se a habilidade dos Túneis lhe for conferida. Mas essa nova etapa também vai levá-la por caminhos perigosos… Raquel descobrirá que o IA, responsável por todos os sistemas de sobrevivência da Esfera, está com os dias contados. Como manter a sanidade sabendo que a vida tal qual você conhece está para acabar? Raquel ainda não tem essa resposta, mas vai precisar encontrá-la. E para isso ela precisará, mais do que nunca, da ajuda de seus amigos… Tashi, Tales, Ângelo, Camila, Liceu, Isabela e Nirvana lhe darão sustentação quando tudo o mais na utópica Esfera estiver ruindo.
Sobre o Autor
Renato Carajelescov Nonato nasceu em 1987, em Rudge Ramos. Tem na leitura e na escrita uma paixão desde que aprendeu a ler. Engenheiro Químico, com mestrado em Engenharia de Materiais, atualmente divide sua paixão pela escrita com o doutorado em Engenharia Química.


Em primeiro lugar, obrigado, Renato, por nos conceder essa entrevista.
Logo de cara, já somos atraídos pela capa impactante. Que participação você teve nela?
Foram várias idas e vindas até acertar a capa. Eu tinha, a princípio, a ideia de fazer um Tashi (uma das mascotes do livro), mas no fim acabou ficando uma coisa dual, a esfera da capa pode ser tanto o Tashi quanto a própria Esfera.

Hum, legal. Terras Metálica é seu primeiro livro publicado. O que lhe motivou a decidir escrever um livro?
Sempre gostei de escrever. Quando era pequeno, fazia gibis e coisas do tipo, aos poucos passei para contos e depois para o livro foi um pulo.

Ah, comigo foi parecido. Alguma vez antes você já havia tentado publicar um livro?
Nunca! Sou marinheiro de primeiríssima viagem, mas estou gostando bastante da experiência!

É bom, né? Além de escritor, você também é engenheiro químico. Como seus conhecimentos na área lhe influenciaram no desenvolvimento de sua ficção?
Digamos que algumas aulas da Academia foram bem parecidas com algumas aulas que tive na faculdade.

Tô tentando imaginar. E como era sua programação para escrever?
Eu primeiro faço uma espinha dorsal da história, só para ir me guiando e não deixar a história ir para algum rumo completamente aleatório (acredite, isso acontece um bocado). Depois é só ir enchendo pouco a pouco cada capítulo. Escrever para mim é um hobby então a gente sempre acha um tempinho.

Ah, então você é um escritor do Tipo Planejador. É verdade, às vezes a história nos leva para onde nem imaginávamos. Desde que foi lançado, Terras Metálicas tem recebido muitas criticas positivas. Porém, nós, autores, sabemos que uma boa história não nasce da noite pro dia. O que você achou mais difícil ao elaborar sua história?
Sem dúvida entrelaçar todos os acontecimentos. Num livro de 600 páginas qualquer erro pode ser fatal e o público não perdoa. Pelo menos até agora ninguém achou nada ^^

Parabéns. Falando nisso, todo escritor, cedo ou tarde, passa pelo "mal da folha branca", que é quando a gente fica encarando a tela do computador sem saber qual a próxima palavra a digitar. Conta pra gente: como você conseguiu escrever mais de 600 páginas?
Não sofri desse mal em Terras Metálicas. Até por que, a princípio, a história era para ser um conto de 10 páginas, mas ela acabou saindo do controle!

=O Impressionante! No nosso país, há muitos aspirantes a escritores, mas nem sempre suas obras conseguem ser publicadas. Você enfrentou algum grande obstáculo para publicar sua obra?
Muitas vezes se confunde imprimir o livro com publicar. Imprimir livros é fácil, há editoras que fazem isso. Mas publicar é algo muito mais profundo, envolve um bom trabalho de revisão, diagramação, gasto com capas, material para o livro e, mais importante, divulgação e espaço em livrarias. Encontrar uma editora que de fato publica-se o Terras Metálicas foi o mais complicado.

Quase 2000 leitores já adicionaram seu livro no skoob. Pelo seu site, vemos que você tem um grande carinho e apreço pelos seus leitores. Como você se sentiu ao ver seu livro finalmente publicado, tipo, no dia de lançamento? Já havia passado por sua cabeça chegar tão longe assim?
A ficha demorou muuuito para cair! Quando comecei a escrever meu primeiro livro nunca passou pela minha cabeça publicá-lo efetivamente, então estar na noite de lançamento e encontrar pessoas que literalmente viajaram para chegar ali foi indescritível.

É uma emoção, hein? Para criar seus personagens, a maior parte adolescentes, em quem você se baseou? Ou foi tudo da sua mente mesmo? Há alguma relação no desenvolvimento deles com você mesmo?
Eu tentei criar um grupo que se completasse. Desde o Ângelo todo certinho até a Raquel mais impulsiva, passando pelo medroso Tales, pela confidente Camila e pela séria Isabela. Isso sem contar os tashis de cada personagem. Acho que coloquei um pouco de mim em cada um deles (se bem que não podia ser diferente já que eles saíram da minha cabeça :P)

*risos* Criar um universo tão grande, cheio de tecnologias e habilidades, com certeza não é fácil. Das habilidades que você abordou no livro, a que mais gostei foi a Túneis. Algum autor ou livro em especial que lhe influenciou na escrita de Terras Metálicas?
Sendo as habilidades frutos de tecnologias humanas eu pensei em coisas que seriam úteis no dia a dia. Quem não queria esticar a mão e fazer o controle remoto vir até você como um Túnel? Ou se refrescar com o poder do pensamento como um Sibério? Ou ler mentes como Antenas? Ou não ter problemas em ficar doente como um Bio? Acho que deu para entender.

Você tem algum gênero literário favorito? Acho que já posso imaginar...
Sou fã incondicional do combo ficção/fantasia/terror. Quanto mais maluca a história mais inclinado eu estou a  gostar dela.

Então acertei a primeira. Atualmente está escrevendo alguma outra obra?
Várias! Mas vou ficar quietinho, quem sabe não apareçam novidades?

;D Para encerrar, você tem algum hobby que gostaria de nos contar?
Além de escrever? Sou fã de artes marciais. Apesar de estar meio afastado do meio, pretendo voltar em breve. ^^

Então, tá aí, gente, essa foi nossa primeira entrevista do quadro.
Parabéns para o Renato e sucesso pra suas obras. Até a próxima, galera!

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Angel Lyla